quinta-feira, 8 de setembro de 2022

A dependência e Morte, 7/09/2022!

 A Independência do Brasil celebrada no dia 7 de setembro de 1822, não foi um ato unânime no território nacional como é disseminado no livro didático. As províncias do Maranhão e Grão-Pará, Mato Grosso e Bahia foram palcos de lutas entre portugueses e interessados na autonomia do Brasil. 
 Heroínas como Joana Angélica, Maria Felipa, Maria Quitéria omitidas da nossa História, lutaram junto com outros defensores contra os portugueses para celebrar a Independência do Brasil, na Bahia, em 2 de julho de 1823. 
 Mas o que mudou no Brasil com a “independência”? Para os latifundiários a “independência” mudou para melhor, foi dado o direito de invadir terras, de assassinar indígenas, de aumentar a produção de gêneros agrícolas para exportação, entre outros benefícios… vale destacar que essas boas ações eram executadas em nome nome do “progresso” do Brasil!
 Já para os trabalhadores livres, os que viviam nos centros urbanos o subemprego, a fome/miséria continuou presente; aos camponeses o uso da foice/enxada, dias intermináveis de trabalho nas lavouras, a seca/fome/miséria e as lutas até os dias de hoje pelo direito as terras abandonadas se mantiveram; para os negros cativos a continuidade da escravidão, os pelourinhos, os castigos físicos e psicológicos se fizeram presentes e para os ex-escravos a “independência” reforçou a exclusão social através da “Lei da Terra”, assim eles não teriam acesso aos pequenos lotes de “gleba” para desenvolver agricultura de subsistência.
 Ou seja, a “independência” fez a elite agrária controlar o Senado, a Câmara dos Deputados, criar leis que endossam o desejo de ter mais terras fortalecendo cada vez mais o agronegócio. Para os negros a “independência” trouxe ressignificados como, racismo/intolerância religiosa/ subemprego/favelas/ausência do Estado/etc. Para os indígenas a herança foi o genocídio/etnocídio/desmatamento/garimpo/lama de mineradoras despejadas nos rios e lagos/etc. Para nós a “independência” deixou a camisa amarela de uma instituição de futebol corrupta/ uma data cívica transformada em ato político pelos analfabetos políticos ausentes de consciência de classe que camuflam o aumento do desemprego/do número de moradores em situação de rua/da fome/da miséria/da criminalidade com fanatismo político e religioso. 

Fontes bibliográficas: 

FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil 

Filmografia: 

Quanto vale ou é por quilo? 

Imagem: 

Cartunista das Cavernas 

sábado, 26 de fevereiro de 2022

A guerra contra a OTAN!

 O fim da 2ª Guerra Mundial promoveu a polarização do mundo entre URSS x EUA, ou seja, a famosa Guerra Fria, um conflito ideológico entre Capitalismo e Socialismo no mundo! Essa colcha de retalhos costurada pela Rússia a partir de 1949 que deu origem a URSS deixou grandes feridas abertas nos países que foram anexados ao bloco socialista! Mas quando a URSS começou a sofrer com a saída de vários países do bloco, as rivalidades religiosas, culturais e econômicas incentivadas pelos interesses estadunidense e da OTAN, o que se viu foi o surgimento de vários conflitos nessas regiões durante a década de 1990 e início dos anos 2000! 


Assim, visando manter as suas influências econômicas no Leste europeu, os EUA e a União Europeia apoiaram o surgimento de governos voltados para os interesses econômicos europeus e estadunidense, deixando claro para os futuros presidentes russos, assim como Vladimir Putin que, se precisassem travar uma guerra econômica contra a Rússia para manter esses governos marionetes no poder, assim fariam! Basta relembrar o apoio dos EUA na candidatura do Volodymyr Zelenski, em 2014, ex-comediante de programa de TV, que fugia dos debates e dos jornalistas, que preferia as redes sociais para se dirigir aos seus eleitores, sem plano de governo, para o cargo de presidente da Ucrânia! Vale ressaltar também que, esse apoio estadunidense ficou escancarado quando apenas EUA e a Ucrânia votaram contra a resolução da ONU condenando qualquer manifestação ou existência de um partido nazista! 


Continuando nos trilhos da História, para encontrar a justificativa de Vladimir Putin para a invasão na Ucrânia, faz-se necessário citar a anexação da Crimeia por parte da Rússia que, por possuir uma população fragmentada culturalmente e de maioria russa - vale ressaltar a divisão cultural da região: russos (58,3 %), seguindo-se ucranianos (24,3 %), tártaros da Crimeia (13%), bielorrussos, tártaros, armênios, judeus e outros grupos. Sendo assim, a anexação da Crimeia representou além do apoio de boa parte da população a retomada do controle absoluto sobre a península novamente, já que, nos tempos da URSS essa região assegurava o interesse militar e econômico no Mar Negro. Ou seja, novamente a Rússia não só garantiu a saída de sua força naval para mares quentes via Mediterrâneo como também garantiu o controle geopolítico de uma região estratégica não só para a economia russa como também para uma iminente guerra. Por conseguinte, contando com essa colcha de retalhos cultural, Vladimir Putin tratou de aumentar cada vez mais a sua influência política-militar na região e ainda, visando garantir o controle sobre a produção e distribuição de gás natural muito consumido pelo mercado europeu e norte-americano, anexou a Crimeia! 


Como retaliação à anexação da Crimeia a OTAN impôs várias sanções econômicas à Rússia, mas como a China que é a segunda maior economia do mundo tem fortes relações comerciais com os russos, Putin continuou com o seu projeto expansionista voltado para as regiões do Bálcãs, que anteriormente faziam parte da extinta URSS! 


Esse projeto expansionista ficou aparente para a OTAN, União Europeia e EUA quando Putin apoiou os grupos separatistas que desejavam a soberania das repúblicas de Donetsk e Lugansk que, segundo ele, “a Ucrânia possui um regime fantoche manipulado pelos EUA”. Acusando ainda Kiev de planejar e produzir suas próprias armas nucleares, além de desenvolver outros armamentos com apoio estrangeiro. O que seria "inaceitável". Com isso, a adesão da Ucrânia à OTAN seria uma ameaça direta aos interesse econômico, político e militar da Rússia, fazendo Putin afirmar o seguinte: "Tentaram, vez após vez, nos dizer que a OTAN é uma organização para paz, mas sabemos a verdade por trás disso". 


A invasão na Ucrânia representa um impedimento do avanço da OTAN no Leste Europeu, porque a Ucrânia embora pleiteie a entrada no grupo, não há qualquer previsão de que isso realmente aconteça num futuro próximo. Atualmente, é um "país parceiro", isso significa que há um entendimento de que pode ser autorizado a ingressar na aliança em algum momento no futuro. Entretanto, Putin afirma que as potências ocidentais estão usando a aliança com os países do Leste Europeu para cercar a Rússia! Logo, o presidente russo deseja que a OTAN  cesse suas atividades militares na Europa Oriental. 


Como tudo se explica através da História, Vladimir Putin faz questão de retornar ao passado para justificar a invasão argumentando que há muito tempo que os EUA não cumpriram com uma garantia feita em 1990, ou seja, de que a OTAN não se expandiria para o Leste Europeu com o fim da Guerra Fria! Com isso, não é correto tomar partido, escolher um lado, apropriar-se de uma visão maniqueísta (bem X mal) como as mídias e outros cientistas políticos formados em “achismo” desejam que façamos, porque para explicar a invasão da Rússia na Ucrânia, faz-se necessário compreender um processo histórico que iniciou em 1949 e teve uma ruptura com o fim da Guerra Fria em 1991.


 Por conseguinte, esse conflito trouxe a superfície os mesmos interesses econômicos, políticos e militares que eram separados pela “Cortina de Ferro de 1946 - Capitalismo X Socialismo na Europa”, sendo que nos dias atuais, os interesses estão separados da seguinte forma: de um lado os EUA e a União Europeia visando garantir a exploração no gasoduto do Leste Europeu e do outro lado a Rússia tentando evitar o isolamento econômico e político numa região que já pertenceu a extinta URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas)! Logo, a invasão na Ucrânia também servirá de alerta para aqueles países ou regiões que faziam parte da URSS, mas atualmente possuem suas diretrizes econômicas e políticas ligadas à OTAN! 




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

O Brasil e o seu reducionismo!

Em nome de Deus/ Elegeram corruptos/ Colocaram em prática o Extremismo e o Fascismo 


Para as mulheres parlamentares/ Tem violência verbal e física/ Nas redes sociais Machismo/ E na vida real Feminicídio… 


Para as Florestas desmatamento/ Extinção de animais/ Poluição das águas e dos rios… 

Para os povos indígenas Etnocídio e Genocídio… 

Para os trabalhadores “uberização” da mão de obra/ Reforma Trabalhista que retirou Direitos/ E ofertou o escravismo… 

Para políticos que estão no poder farra em Dubai/ Para os desempregados fila de ossos e caminhão de lixo…


Para Borba Gato Estátua/ Páginas dos Livros/ Rebeca Andrade Ouro Olímpico/ Apenas fama de um meteorito… 

Para os “ terra plana” quase 700 mil mortes/ não foi de Covid e sim do Comunismo/ Não se vacinam, nem os filhos/ Nas redes sociais apoiam o Negacionismo… 


Para os pretos daqui violência policial/ Assassinatos e Racismo…


Para os pretos estrangeiros/ Linchamento até a morte/ Xenofobia e mais Racismo…


Monark no Flow exaltou o Nazismo/ Kim do MBL disse: “a Alemanha errou criminalizando o partido”/ Adrilles ex-Jovem Pan fez o gesto e foi demitido… 

E caso você fique de achismo/ Leia esse resumo sobre o Nazismo: 

O Nazismo foi um partido político idealizado por Adolf Hitler, estabelecido na Alemanha em 1937, através das eleições! Ou seja, a maioria dos eleitores eram jovens que acreditaram que Hitler era um tipo de messias para as mazelas sociais e econômicas da Alemanha! O Nazismo além de defender a ideologia da “raça ariana” - uma raça branca, pura e superior a tudo - ou seja, além de ser um regime político racista e xenófobo, durante a 2ª Guerra Mundial expropriou famílias, anexou territórios, promoveu a morte de cerca de 40 milhões de civis e de 20 milhões de soldados, e mais assassinou aproximadamente 6 milhões de judeus, doentes físicos e mentais, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, idosos, opositores políticos, fez experiência científica com crianças entre outras barbaridades! Na Alemanha a disciplina de História é utilizada como um memorial para que os jovens tenham empatia pelos mortos do Holocausto, porque só assim, visitando o passado é possível compreender o presente e evitar que erros contra humanidade sejam repetidos no futuro, como o NAZISMO! 




Fontes Bibliográficas: 

FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil.

MORITZ SCHWARCZ, Lilia. Sobre o Autoritarismo Brasileiro. 

Imagens: 

Cartunista das Cavernas 

Instagram: 

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