segunda-feira, 8 de abril de 2024

A (des)Inteligência artificial em Gaza!

Imagine um futuro sem privacidade, onde todos os cidadãos são fichados e monitorados. O estado militarizado hi-tech de Israel controla tudo e todos, pronto para prender ou assassinar quem julgar necessário. No entanto, reportagens publicadas pelo Intercept Brasil sobre tecnologias e equipamentos de vigilância têm sido comprados e utilizados por polícias e autoridades de investigação. Logo, numa sociedade punitivista, com valores “bandido bom, é bandido morto” é difícil mostrar as pessoas porque esse tipo de investimento em tecnologia pode ser usado para violar seus próprios direitos. Mas uma reportagem bombástica publicada nesta semana sobre como ferramentas de inteligência artificial são usadas para massacrar palestinos em Gaza nos ajuda a entender o tamanho desse estrago.

Israel é um pólo de desenvolvimento de tecnologias de defesa, e vende muito para vários países do mundo. O “First Mile” que rastreia a localização de alvos, foi usado no escândalo de espionagem da Abin (A investigação da Policia Federal monitorou um jantar entre os ex-deputados Rodrigo Maia, na época presidente da Câmara, e Joice Hasselmann com um advogado e Antonio Rueda, dirigente do PSL, que promoveu um racha no partido que fez Bolsonaro sair do PSL. Além disso, o Pegasus, que invade dispositivos, são exemplos de tecnologias israelenses de espionagem e vigilância, não foi por acaso, que as vendas de muitos deles por aqui explodiram no governo Bolsonaro.


Sendo assim, sabe-se que Israel tem utilizado inteligência artificial em Gaza, a partir de ferramentas desenvolvidas pelo próprio exército israelense e empresas dirigidas por ex-soldados que, com base nos dados coletados em anos de espionagem, orientam os militares a definirem alvos de acordo com a “possibilidade” de eles serem do Hamas. Logo, baseado em “possibilidades” a IA entende como alvo, seres humanos ou prédios (onde estão seres humanos).


Nesta semana, o Intercept Brasil expôs informações de jornalistas palestinos e israelenses, revelando detalhes de como funciona esse sistema, com declarações de militares, onde Israel usa o monitoramento em massa de reconhecimento facial para juntar um enorme volume de dados sobre os palestinos e, com ajuda de algoritmos, usa esses padrões para tentar definir os alvos em potencial.


“Os humanos muitas vezes serviam apenas como um ‘carimbo’ para as decisões da máquina”, conta uma fonte citada na reportagem.


Segundo o Intercept, o jornal britânico The Guardian, 37 mil alvos foram identificados em Gaza pelas supermáquinas de Israel por um sistema batizado candidamente de Lavender (lavanda).


Os oficiais ouvidos pela reportagem afirmam confiar mais nas máquinas do que em um soldado sob emoção. "A máquina fez aquilo friamente, e tornou muito mais fácil", declarou um deles. "Economizou muito tempo".


Segundo os militares ouvidos, o exército israelense tinha, para alguns tipos de alvos, uma pré-autorização: 15 ou 20 civis podiam morrer por cada militante de baixa patente do Hamas atingido. Já um comandante valeria mais de 100 inocentes.


Esses ataques aos militantes mais desimportantes eram feitos com bombas "bobas", não guiadas, mais baratas e que geram mais mortes colaterais, destruindo casas inteiras e seus ocupantes. "Você não quer gastar bombas caras em pessoas desimportantes", disse um dos militares ouvidos.


Os ataques não aconteciam apenas quando os supostos terroristas estavam em atividade – mas também em suas casas. "É muito mais fácil bombardear uma casa de família. O sistema é feito para procurá-los nestas situações", disse um dos oficiais ao Guardian. Segundo as fontes, havia pressão dos superiores para bombardear mais e mais.


Assim que um alvo era atingido, havia uma fila de 36 mil outros esperando – graças ao sistema de inteligência artificial, que mapeou supostos inimigos automaticamente em escala industrial. Especialistas em conflitos ouvidos pelo Guardian dizem que a técnica pode explicar o absurdo número de civis mortos em Gaza, que já chega a 33 mil.


Seguindo a lógica matemática utilizada pela IA, a decisão de cometer o genocídio foi tomada por humanos, mas a escolha de quais vítimas morrerão hoje é feita pelos robôs. Com isso, Israel está vários passos à frente em relação ao futuro distópico militarizado e assassino, mas não está tão longe de nós assim. Mapear toda uma sociedade para pinçar os indivíduos “potencialmente” problemáticos foi o que Israel fez em Gaza, e é o que governos tecnoautoritários têm feito aqui no Brasil também.


É só você relacionar as guerras que acontecem diariamente nas comunidades das grandes cidades brasileiras, que apresentam um número de “indivíduos potencialmente perigosos”, ignorando a grande massa trabalhadora, que por estar sempre a margem das políticas públicas, torna-se alvo dos projéteis policiais e de criminosos. No entanto, quando algum(a) trabalhador(a) ou criança é alvejada, a morte é justificada com um razo discurso noticiado pela grande mídia da seguinte forma: “mais uma vítima de bala perdida”.


Logo, transformar ferramentas que utilizam Inteligência Artificial sem critérios rigorosos de pesquisa em algo comum, é aceitar a farra da indústria de vigilância que, transformará pessoas em um possível alvo, dando ao robô o poder identificar quem deve ser morto. Assim, seguindo essa lógica e analisando o depoimento da Deputada Renata Souza do PSOL, que pediu para IA gerar um desenho de uma mulher negra em um cenário de favela e a ferramenta gerou uma mulher com uma arma na mão. Nos mostra que, a IA segundo as informações que inseridas nela, a mesma criminaliza moradores de favelas. E ainda, num futuro próximo, essas as pessoas podem ser transformadas em indivíduos “potencialmente perigosos”, justificando assim as mortes que acontecerão num confronto entre policiais e criminosos.







segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Samba-Enredo 2024 - Hutukara G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro (RJ)

Eu aprendi o português, a língua do opressor/ Pra te provar que meu penar também é sua dor” 


Os Yanomami provavelmente migraram pelo Estreito de Bering entre a Ásia e a América cerca de 15.000 anos atrás, seguindo lentamente para a América do Sul. 


“Você diz lembrar do povo Yanomami/ Em 19 de abril”


Entraram em contato com invasores em 1940, quando o governo brasileiro enviou equipes para delimitar a fronteira com a Venezuela. O Serviço de Proteção aos Índios (SPI) do governo e grupos religiosos se estabeleceram no território Yanomami, levando epidemias de sarampo e gripe, resultando na morte de muitos Yanomami.


“Você quer me ouvir cantar em Yanomami
Pra postar no seu perfil/ Entre aspas e negrito, o meu choro, o meu grito/ Nem a pau, Brasil”


No início dos anos 70, a Ditadura civil- militar decidiu construir uma estrada cortando a Amazônia. Sem avisar, tratores destruíram a comunidade Yanomami. Desaparecendo aldeias inteiras em decorrência das doenças trazidas pelos invasores.


“Kopenawas pela terra, nessa guerra sem um cesso”


Na década de 1980, os Yanomami sofreram imensamente quando cerca de 40.000 garimpeiros brasileiros invadiram suas terras. Os garimpeiros atiravam neles, destruíam aldeias, e os expuseram às doenças para as quais não tinham imunidade. Em apenas 7 anos, 20% dos Yanomami morreram. 


“Não queremos sua ordem, nem o seu progresso”


Uma longa campanha internacional liderada por Davi Kopenawa Yanomami, pela Survival e pela Comissão Pró Yanomami (CCPY), conseguiu em 1992 demarcar a terra Yanomami no Brasil, e ficou conhecida como Parque Yanomami. Mas, em 1993 um grupo de garimpeiros entrou na aldeia de Haximu e assassinou 16 Yanomami e um bebê. Atualmente milhares de garimpeiros trabalham ilegalmente na terra Yanomami, transmitindo doenças, poluindo os rios e as florestas com mercúrio. Pecuaristas também estão invadindo e desmatando as suas terras. 


“Napê, nossa luta é sobreviver/ Napê, não vamos nos render”


O Congresso Nacional brasileiro está debatendo um projeto de lei (Marco Temporal) que, se aprovado, irá autorizar a mineração em grande escala em territórios indígenas. 


“Pois a chance que nos resta é um Brasil cocar” 

Isso será extremamente prejudicial não só para os Yanomami e para os outros povos indígenas do Brasil, mas também para todos os não indígenas. 


Bibliografias: 


Samba-Enredo 2024 - Hutukara 

G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro (RJ)


Survival Brasil 

https://www.survivalbrasil.org/povos/yanomami


Comissão Pró Yanomami

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Extrema-direita + fanatismo = lucro

 Analisar as manifestações antidemocráticas, ou o evento terrorista que ocorreu na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 08 de Janeiro de 2023 de forma isolada, é não se atentar para a “onda” de protestos e manifestações que depuseram ou promoveram desordens civis em diversas partes do mundo desde 2010.


Segundo as interpretações das grandes mídias europeias e estadunidense, as desordens promovidas em 2010 na península arábica e no Norte da África conhecida como “Primavera Árabe” foram necessárias para depor governos autoritários. Com isso, como um efeito dominó, as grandes mídias latino-americanas reproduziram a mesma interpretação. Isto, fez o mais simples telespectador acreditar naquelas notícias disseminadas como uma verdade absoluta, sem ao menos questionar qual era o objetivo real daquelas manifestações. Assim, o desemprego e desigualdade social que estava em destaque nas manifestações, temas que fazem parte do cotidiano europeu, estadunidense e latino-americano não recebeu a mesma atenção das mídias e das redes sociais, que os governantes da região Norte da África e dos países árabes receberam por estar há tempos no poder. 


As manifestações da “Primavera Árabe” depuseram governos, mas não resolveu o desemprego e a desigualdade social existente nesses países. Porque os governos escolhidos com o apoio dos EUA e da Europa  além de não apresentarem soluções para a crise econômica, fizeram surgir guerras civis e governos fantoches - atendem os interesses econômicos de multinacionais estadunidense e europeias. E ainda, promoveu um êxodo significativo de pessoas daqueles países para várias partes do mundo. Isto, além de despertar a xenofobia no continente europeu, a construção de vários campos de refugiados sem nenhuma infraestrutura, também promoveu a morte de milhares de pessoas que tentaram atravessar o mar. 


Assim como a “Primavera Árabe” foi utilizada como um trampolim para as multinacionais norte-americanas e europeias mergulharem no mercado consumidor dos países envolvidos, as “Jornadas de Junho” de 2013 realizadas no Brasil, iniciada pelo preço da tarifa de ônibus, também foi utilizada para atender os interesses econômicos de uma minoria, pois o preço da tarifa subiu, a Copa do Mundo foi realizada em 2014 e a desigualdade social permaneceu. Porém, as “Jornadas de Junho” serviram para mostrar a classe burguesa brasileira/estrangeira a força que ela teria caso desejasse acabar com a continuidade de um governo que estava no poder há 14 anos, e dificultava a atuação de madeireiras, do garimpo ilegal, e possuía leis ambientais que visavam combater a extinção da fauna amazônica e mato-grossense e o genocídio indígena. Então, o descontentamento dos empresários, dos banqueiros e dos latifundiários em aumentar seus lucros foram omitidos e a mídia disseminou que as “Jornadas de Junho” possuíam apenas um cunho político-social. Com isso, eram noticiadas de forma massificada a corrupção política, direcionando a culpa de todas essas as ações corruptas para um único partido político - PT (Partido dos Trabalhadores), ensinando assim, aos menos favorecidos a ignorar os avanços na área social e educacional do Brasil.


Em 2016, de forma sensacionalista foi televisionado e transmitido por redes sociais o processo de impeachment da Presidenta Dilma, acusada por realizar pedaladas fiscais - institucionalizada no governo Temer. Mas por ser um assunto difícil de explicar para o telespectador comum, a grande mídia preferiu noticiar apenas o tema “corrupção”, já fomentado nas “Jornadas de Junho” anteriormente. Com isso, muitos entenderam que a política só existia um tema - corrupção, e só um partido político era responsável por toda atividade corrupta, o PT. 


Essa forma irresponsável de divulgar notícias diariamente pela grande mídia promoveu um sentimento chamado de antipetismo na sociedade brasileira. E este, foi intencionalmente patrocinado pela classe burguesa brasileira/estrangeira, que visava voltar a ter vultuosos lucros, sem responsabilidades por crimes fiscais e ambientais como acontecia nos tempos da Ditadura Civil-Militar e no governo “neoliberal” de Fernando Henrique Cardoso. Mas a classe burguesa entendeu que, não adiantava só patrocinar manifestação antipetistas, era necessário encontrar um messias na política brasileira a fim de acatar as suas ordens e garantir os seus interesses. Logo, enxergaram no discurso autoritário do deputado federal Jair Messias Bolsonaro(na época) na Câmara dos Deputados a possibilidade de chegarem ao poder, e como a sociedade brasileira não possui consciência de classe, era só continuar disseminando o antipetismo para elegê-lo presidente do Brasil. 


Assim, o discurso fundamentalista religioso, sexista, misógino, racista, genocida indígena e ambiental do deputado federal Jair  Bolsonaro e políticos afins despertou o interesse dos programas de TV para concederem entrevistas sensacionalistas. Ou seja, a mídia não estava preocupada com os danos sociais e políticos, caso despertasse o sentimento fascista adormecido nos tempos do Estado Novo(Ditadura Vargas) e da Ditadura Civil-Militar presentes na sociedade brasileira, e sim com os míseros pontos de audiência.


As eleições presidenciais de 2017 dos EUA, que elegeram Donald Trump, fortaleceu não só a ideologia política disseminada por Jair Bolsonaro, mas todos aqueles com pensamentos e comportamentos semelhantes ao fascismo. Entretanto, o fracasso na reeleição de Trump, a falácia de fraude nas urnas, o atentado terrorista no Capitólio norte-americano, em janeiro de 2021 contestando a vitória de Joe Biden, foram utilizados pelo Jair Bolsonaro e seus apoiadores como munição para os seus projetos antidemocráticos e fanáticos apresentados na campanha presidencial. Já que, o mesmo fazia questão de incitar o ódio e o antipetismo, em seus discursos: “vamos fuzilar a petralhada”. 


Por conseguinte, a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, e de todos aqueles políticos que incitavam o ódio e transformaram a política brasileira num lugar de fanáticos e terroristas serve para mostrar o quanto a classe burguesa brasileira/estrangeira e a mídia brasileira trabalhou para chegar ao poder e conquistar audiência e verbas públicas respectivamente, porque ao longo do processo eleitoral ambas fizeram questão de omitir as características fascista presentes nesses grupos terroristas disfarçados de políticos. 



E estes, se aproveitaram do analfabetismo político de muitos líderes religiosos e do fundamentalismo religioso de seus fiéis para propagar o ódio e o preconceito contra aqueles que professavam religiões diferentes. Aproveitaram-se da falta de consciência de classe de boa parte da população para apoiarem e elegerem políticos que votaram a favor da Reforma Trabalhista - uberização da mão de oba; e da Reforma Educacional, em que esses mesmo políticos votaram a favor do congelamento nos investimentos da Educação e da Saúde por 20 anos. E mais, todos esses se juntaram para demonizar e nomear como inimigos do Brasil todos aqueles que defendem a igualdade e justiça social. 
Logo, essa trama não é algo isolado, Bolsonaro e seu apoiadores não possuem intelecto para articular esse plano, são apenas fanáticos frustrados que admiram o autoritarismo. O que se tem é uma onda da extrema-direita apoiada pela classe burguesa, que está desde 2010 se elegendo de forma democrática em alguns países e golpeando a democracia de outros para chegar ao poder, para assim destruir e lucrar em paz. 


Bibliografia: 

A era dos Impérios. 

O lugar da África. 

Ecos do Atlântico Sul. 

História concisa do Brasil. 

As veias abertas da América Latina. 

América Latina: uma História de sangue e fogo. 

Volume 17 - Estudos afro-asiáticos. 

Revolução Iraniana. 

Revolução Chilena. 

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

A dependência e Morte, 7/09/2022!

 A Independência do Brasil celebrada no dia 7 de setembro de 1822, não foi um ato unânime no território nacional como é disseminado no livro didático. As províncias do Maranhão e Grão-Pará, Mato Grosso e Bahia foram palcos de lutas entre portugueses e interessados na autonomia do Brasil. 
 Heroínas como Joana Angélica, Maria Felipa, Maria Quitéria omitidas da nossa História, lutaram junto com outros defensores contra os portugueses para celebrar a Independência do Brasil, na Bahia, em 2 de julho de 1823. 
 Mas o que mudou no Brasil com a “independência”? Para os latifundiários a “independência” mudou para melhor, foi dado o direito de invadir terras, de assassinar indígenas, de aumentar a produção de gêneros agrícolas para exportação, entre outros benefícios… vale destacar que essas boas ações eram executadas em nome nome do “progresso” do Brasil!
 Já para os trabalhadores livres, os que viviam nos centros urbanos o subemprego, a fome/miséria continuou presente; aos camponeses o uso da foice/enxada, dias intermináveis de trabalho nas lavouras, a seca/fome/miséria e as lutas até os dias de hoje pelo direito as terras abandonadas se mantiveram; para os negros cativos a continuidade da escravidão, os pelourinhos, os castigos físicos e psicológicos se fizeram presentes e para os ex-escravos a “independência” reforçou a exclusão social através da “Lei da Terra”, assim eles não teriam acesso aos pequenos lotes de “gleba” para desenvolver agricultura de subsistência.
 Ou seja, a “independência” fez a elite agrária controlar o Senado, a Câmara dos Deputados, criar leis que endossam o desejo de ter mais terras fortalecendo cada vez mais o agronegócio. Para os negros a “independência” trouxe ressignificados como, racismo/intolerância religiosa/ subemprego/favelas/ausência do Estado/etc. Para os indígenas a herança foi o genocídio/etnocídio/desmatamento/garimpo/lama de mineradoras despejadas nos rios e lagos/etc. Para nós a “independência” deixou a camisa amarela de uma instituição de futebol corrupta/ uma data cívica transformada em ato político pelos analfabetos políticos ausentes de consciência de classe que camuflam o aumento do desemprego/do número de moradores em situação de rua/da fome/da miséria/da criminalidade com fanatismo político e religioso. 

Fontes bibliográficas: 

FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil 

Filmografia: 

Quanto vale ou é por quilo? 

Imagem: 

Cartunista das Cavernas 

sábado, 26 de fevereiro de 2022

A guerra contra a OTAN!

 O fim da 2ª Guerra Mundial promoveu a polarização do mundo entre URSS x EUA, ou seja, a famosa Guerra Fria, um conflito ideológico entre Capitalismo e Socialismo no mundo! Essa colcha de retalhos costurada pela Rússia a partir de 1949 que deu origem a URSS deixou grandes feridas abertas nos países que foram anexados ao bloco socialista! Mas quando a URSS começou a sofrer com a saída de vários países do bloco, as rivalidades religiosas, culturais e econômicas incentivadas pelos interesses estadunidense e da OTAN, o que se viu foi o surgimento de vários conflitos nessas regiões durante a década de 1990 e início dos anos 2000! 


Assim, visando manter as suas influências econômicas no Leste europeu, os EUA e a União Europeia apoiaram o surgimento de governos voltados para os interesses econômicos europeus e estadunidense, deixando claro para os futuros presidentes russos, assim como Vladimir Putin que, se precisassem travar uma guerra econômica contra a Rússia para manter esses governos marionetes no poder, assim fariam! Basta relembrar o apoio dos EUA na candidatura do Volodymyr Zelenski, em 2014, ex-comediante de programa de TV, que fugia dos debates e dos jornalistas, que preferia as redes sociais para se dirigir aos seus eleitores, sem plano de governo, para o cargo de presidente da Ucrânia! Vale ressaltar também que, esse apoio estadunidense ficou escancarado quando apenas EUA e a Ucrânia votaram contra a resolução da ONU condenando qualquer manifestação ou existência de um partido nazista! 


Continuando nos trilhos da História, para encontrar a justificativa de Vladimir Putin para a invasão na Ucrânia, faz-se necessário citar a anexação da Crimeia por parte da Rússia que, por possuir uma população fragmentada culturalmente e de maioria russa - vale ressaltar a divisão cultural da região: russos (58,3 %), seguindo-se ucranianos (24,3 %), tártaros da Crimeia (13%), bielorrussos, tártaros, armênios, judeus e outros grupos. Sendo assim, a anexação da Crimeia representou além do apoio de boa parte da população a retomada do controle absoluto sobre a península novamente, já que, nos tempos da URSS essa região assegurava o interesse militar e econômico no Mar Negro. Ou seja, novamente a Rússia não só garantiu a saída de sua força naval para mares quentes via Mediterrâneo como também garantiu o controle geopolítico de uma região estratégica não só para a economia russa como também para uma iminente guerra. Por conseguinte, contando com essa colcha de retalhos cultural, Vladimir Putin tratou de aumentar cada vez mais a sua influência política-militar na região e ainda, visando garantir o controle sobre a produção e distribuição de gás natural muito consumido pelo mercado europeu e norte-americano, anexou a Crimeia! 


Como retaliação à anexação da Crimeia a OTAN impôs várias sanções econômicas à Rússia, mas como a China que é a segunda maior economia do mundo tem fortes relações comerciais com os russos, Putin continuou com o seu projeto expansionista voltado para as regiões do Bálcãs, que anteriormente faziam parte da extinta URSS! 


Esse projeto expansionista ficou aparente para a OTAN, União Europeia e EUA quando Putin apoiou os grupos separatistas que desejavam a soberania das repúblicas de Donetsk e Lugansk que, segundo ele, “a Ucrânia possui um regime fantoche manipulado pelos EUA”. Acusando ainda Kiev de planejar e produzir suas próprias armas nucleares, além de desenvolver outros armamentos com apoio estrangeiro. O que seria "inaceitável". Com isso, a adesão da Ucrânia à OTAN seria uma ameaça direta aos interesse econômico, político e militar da Rússia, fazendo Putin afirmar o seguinte: "Tentaram, vez após vez, nos dizer que a OTAN é uma organização para paz, mas sabemos a verdade por trás disso". 


A invasão na Ucrânia representa um impedimento do avanço da OTAN no Leste Europeu, porque a Ucrânia embora pleiteie a entrada no grupo, não há qualquer previsão de que isso realmente aconteça num futuro próximo. Atualmente, é um "país parceiro", isso significa que há um entendimento de que pode ser autorizado a ingressar na aliança em algum momento no futuro. Entretanto, Putin afirma que as potências ocidentais estão usando a aliança com os países do Leste Europeu para cercar a Rússia! Logo, o presidente russo deseja que a OTAN  cesse suas atividades militares na Europa Oriental. 


Como tudo se explica através da História, Vladimir Putin faz questão de retornar ao passado para justificar a invasão argumentando que há muito tempo que os EUA não cumpriram com uma garantia feita em 1990, ou seja, de que a OTAN não se expandiria para o Leste Europeu com o fim da Guerra Fria! Com isso, não é correto tomar partido, escolher um lado, apropriar-se de uma visão maniqueísta (bem X mal) como as mídias e outros cientistas políticos formados em “achismo” desejam que façamos, porque para explicar a invasão da Rússia na Ucrânia, faz-se necessário compreender um processo histórico que iniciou em 1949 e teve uma ruptura com o fim da Guerra Fria em 1991.


 Por conseguinte, esse conflito trouxe a superfície os mesmos interesses econômicos, políticos e militares que eram separados pela “Cortina de Ferro de 1946 - Capitalismo X Socialismo na Europa”, sendo que nos dias atuais, os interesses estão separados da seguinte forma: de um lado os EUA e a União Europeia visando garantir a exploração no gasoduto do Leste Europeu e do outro lado a Rússia tentando evitar o isolamento econômico e político numa região que já pertenceu a extinta URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas)! Logo, a invasão na Ucrânia também servirá de alerta para aqueles países ou regiões que faziam parte da URSS, mas atualmente possuem suas diretrizes econômicas e políticas ligadas à OTAN! 




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

O Brasil e o seu reducionismo!

Em nome de Deus/ Elegeram corruptos/ Colocaram em prática o Extremismo e o Fascismo 


Para as mulheres parlamentares/ Tem violência verbal e física/ Nas redes sociais Machismo/ E na vida real Feminicídio… 


Para as Florestas desmatamento/ Extinção de animais/ Poluição das águas e dos rios… 

Para os povos indígenas Etnocídio e Genocídio… 

Para os trabalhadores “uberização” da mão de obra/ Reforma Trabalhista que retirou Direitos/ E ofertou o escravismo… 

Para políticos que estão no poder farra em Dubai/ Para os desempregados fila de ossos e caminhão de lixo…


Para Borba Gato Estátua/ Páginas dos Livros/ Rebeca Andrade Ouro Olímpico/ Apenas fama de um meteorito… 

Para os “ terra plana” quase 700 mil mortes/ não foi de Covid e sim do Comunismo/ Não se vacinam, nem os filhos/ Nas redes sociais apoiam o Negacionismo… 


Para os pretos daqui violência policial/ Assassinatos e Racismo…


Para os pretos estrangeiros/ Linchamento até a morte/ Xenofobia e mais Racismo…


Monark no Flow exaltou o Nazismo/ Kim do MBL disse: “a Alemanha errou criminalizando o partido”/ Adrilles ex-Jovem Pan fez o gesto e foi demitido… 

E caso você fique de achismo/ Leia esse resumo sobre o Nazismo: 

O Nazismo foi um partido político idealizado por Adolf Hitler, estabelecido na Alemanha em 1937, através das eleições! Ou seja, a maioria dos eleitores eram jovens que acreditaram que Hitler era um tipo de messias para as mazelas sociais e econômicas da Alemanha! O Nazismo além de defender a ideologia da “raça ariana” - uma raça branca, pura e superior a tudo - ou seja, além de ser um regime político racista e xenófobo, durante a 2ª Guerra Mundial expropriou famílias, anexou territórios, promoveu a morte de cerca de 40 milhões de civis e de 20 milhões de soldados, e mais assassinou aproximadamente 6 milhões de judeus, doentes físicos e mentais, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, idosos, opositores políticos, fez experiência científica com crianças entre outras barbaridades! Na Alemanha a disciplina de História é utilizada como um memorial para que os jovens tenham empatia pelos mortos do Holocausto, porque só assim, visitando o passado é possível compreender o presente e evitar que erros contra humanidade sejam repetidos no futuro, como o NAZISMO! 




Fontes Bibliográficas: 

FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil.

MORITZ SCHWARCZ, Lilia. Sobre o Autoritarismo Brasileiro. 

Imagens: 

Cartunista das Cavernas 

Instagram: 

cartunistas_das_cavernas 

sábado, 16 de outubro de 2021

Um dia, após o “dia do Professor”!

(Aluno) - Professor, por que o senhor é assim?(Professor) - Assim como? 

(Aluno) - Ahh desse jeito, coloca vídeo no YouTube, resumo no Instagram, nas aulas presenciais está sempre falando de vestibular e concursos, está sempre motivando geral a assistir filmes, ler livros, ir aos museus e à exposição… 

(Professor) - Filho, se hoje sou professor de História, sou Historiador, sou de Ciências Humanas, sou de Esquerda, disponibilizo conteúdos gratuitamente nas redes sociais… foi porque meu pai e minha mãe faziam questão de, independente da minha idade, relatar momentos políticos, econômicos e sociais que eles enfrentaram na longa trajetória de suas vidas, e que, eu e meus irmãos iríamos enfrentar, caso o Brasil continuasse sobre o julgo desses governantes interessados com os próprios interesses e com os projetos financeiros de banqueiros, empresários e latifundiários! 

(Professor) - Assim, meu pai e minha mãe faziam questão de me ensinar que o mesmo domingo de sol, de praia, também poderia ser um ótimo domingo de museu, de centro cultural, de teatro, de exposição, de cinema, e ainda, me mostrava que os filhos da elite não estavam nas praias no fim de semana, e sim nesses espaços culturais! 

(Professor) - Por conseguinte, cresci observando que o público desses espaços, as crianças e os adolescentes que frequentavam esses lugares, não pareciam e nem se vestiam como eu e os meus colegas de bairro! 

(Aluno) - Então, o senhor está dizendo que, enquanto a gente vai pra (à) praia, praça, brinca, etc, num dia de sol, os filhos dos ricos visitam essas paradas aí? 

(Professor) - Exatamente! É possível fazer tudo isso que você enumerou, mas faz-se necessário visitar lugares que nos deixam ensinamentos políticos, econômicos e sociais. Ou seja, é necessário também criar o hábito de ter dias com atividades culturais! 


(Aluno) - Poxa professor, mas aí como a gente vai nesses lugares, se tá (está) tudo caro? 

(Professor) - Mas existem espaços culturais que apresentam peças de teatro, exposições de arte, etc, de forma gratuita! 


(Aluno) - Sério, professor? 

(Professor) - Sim, eu poderia citar vários nomes! 

(Professor) - Mas o meu objetivo aqui não é falar os nomes desses espaços culturais e sim motivá-los a enxergar que, o mundo é algo maior que essa realidade que, vocês estão inseridos! 


(Aluno) - Ahh professor, viajei aí nesse bagulho de mundo maior, de realidade… 

(Professor) - Eu fui exercitado a olhar o local em que vivia, e me incomodar com esse sistema excludente, elitista, competitivo, que me obrigava a viver apenas no meu bairro e nos espaços carentes culturalmente disponíveis pelos governantes! 

(Aluno) - Professor, a parada então, é ter vontade de visitar esses lugares aí, que o senhor falou? 

(Professor) - Exatamente, porque o sistema educacional, me obriga avaliar os(as) alunos(as) de forma quantitativa, por provas e notas, me obrigando ainda, a ignorar as suas qualidades individuais! Ou seja, o correto seria que, além das provas, eu pudesse avaliar vocês de forma qualitativa também! 

(Aluno) - viajei… 

(Professor) - Nem todos gostam das mesma disciplina, uns gostam de Matemática, outros de História, tem aqueles que sabem desenhar, e aqueles que gostam de dançar, atuar, tocar instrumentos, etc! 

(Professor) - Aonde eu quero chegar com isso? Deveria existir outras formas de avaliação além da prova, o(a) aluno(a) com aptidão artística poderia fazer uma música, uma dança, uma rima, um ato cênico, ligado a disciplina de Matemática ou de História, e assim trabalharíamos o lado criativo do(a) aluno(a)! 

(Aluno) - Poo🤬🤬 aí seria top, professor!  

(Professor) - Logo, esses lugares culturais serviriam de combustíveis para alimentar o lado lúdico que cada aluno tem e por não conhecer esses espaços acabam deixando de exercitar essas habilidades por falta de incentivo ou até pré-conceito de outras pessoas em relação as suas habilidades! 

(Aluno) - Assim a gente poderia se inspirar em vários bagulhos de arte né, professor? 

(Professor) - Claro, mas até a avaliação de vocês não ajudam! 

(Aluno) - Como assim, prof? 


(Professor) - As provas, as notas que vocês conseguem em cada disciplina está longe de ser uma avaliação justa, pois além de ignorar suas qualidades individuais, ainda ignoram as suas particularidades econômicas e sociais! 

(Professor) - Ou seja, sou professor há 15 anos, mas confesso que a sala de aula lotada, a exploração em que o professor(a) é submetido(a), salário baseado em hora/aula, a obrigatoriedade do uso do livro didático, em que, na maioria dos casos, os pais são obrigados a fazerem cópias para que vocês, alunos(as) tenham acesso ao conteúdo, e conteúdo este, criado por grupos financistas que transformaram a Educação num grande negócio $, e ignoram cada vez mais os projetos realmente ligados à Educação, tem me enojado! 


(Aluno) - Que isso, professor? 

(Professor) - O Sistema Educacional que, vocês estão inseridos, e que, eu como professor, sou obrigado a seguir, só serve para manter vocês desinformados, e sempre distantes daqueles espaços culturais citados anteriormente! 

(Aluno) - Como assim, professor? Ué, mas não tem aquele bagulho de que, “quem não vai pra escola vai puxar carroça”? 

(Professor) - Estudar é a melhor e a única opção para vocês, mas o que essa Educação tem mostrado nesses últimos 5 anos, é que, estou certo sobre a tese de um sistema educacional excludente capaz de produzir cada vez mais filas quilométricas de idosos nos hospitais públicos em busca da sobrevivência, moradores em situação de rua, vendedores e pedintes ambulantes, subempregos, adolescentes e jovens criminosos!

(Aluno) - Poxa professor, então a gente tá aqui a toa? 

(Professor) - Não e repito, que estar na escola é a melhor opção para vocês, mas com esse Sistema  Educacional, vocês estão sendo jogados no mercado de trabalho como jovens aprendizes com baixa remuneração e quando não conseguem entrar numa empresa, são obrigados a encarar uma jornada de trabalho para essas startups que, fisicamente o corpo de vocês não suportam! 


(Aluno) - Startup professor, que bagulho é esse? 

(Professor) - Sim, são aqueles trabalhos que aqueles jovens executam dia e noite, no sol e na chuva, entregando lanches/comidas com bicicletas! 

(Aluno) - Ahhh tô (estou) ligado! 


(Professor) - A maioria dos alunos(as) abandonam as escolas, por conta da falsa ilusão de que, quanto mais entrega fizer, mais dinheiro ele/ela vai ganhar! 

(Professor) - Na verdade, eles/elas estão apenas gerando riqueza para os donos dessas startups, e em troca não possuem nenhum vínculo empregatício! 

(Aluno) - Professor, viajei de novo, nesse bagulho aí de empregatício! 

(Professor) - Esse bagulho funciona assim, se um aluno(a)/entregador(a) sofre um acidente de bike, é atropelado na hora que for entregar o lanche, vocês acham que o dono do “Ifood” vai consertar a bike, bancar os remédios ou o tratamento dos(as) entregadores(as)?  

(Aluno) - Ué, não rola nenhuma ajuda, Professor? 

(Professor) - Não! Porque os(as) alunos(as)/entregadores(as) não possuem carteira de trabalho assinada! Ou seja, não possuem vínculo empregatício, não possuem direitos trabalhistas! 


(Professor) - Continuando no conceito de “mais valia” que expliquei semana passada… vocês já olharam nas ruas, dos bairros em que vocês residem, o aumento de pessoas vendendo coisas nas ruas, na porta de casa, pedindo dinheiro no sinal, nos bares, revirando lixo em busca de algo que possa ser vendido, ou que possa ser reaproveitado como alimento?

(Aluno) - Já professor, geral vendendo bolo de pote, sacolé, frango assado, doces, um monte de bagulho, sem contar aquela galera que está revirando lixo em busca de latinha de cerveja e garrafa de refrigerante, e restos de comida! 

(Professor) - Exatamente! 


(Professor) - Por conseguinte, cito a fotografia cedida pelo meu amigo/irmão Rafael Oliveira para que possamos refletir a seguinte mensagem: “Muito tiro, pouca aula. Pouca aula + bandido”! 




(Aluno) - Professor, aí diz que, quanto mais a bala come, menos a gente estuda, e aí mais tem bandido na pista? 

(Professor) - Exatamente! Mas vou além, enquanto votarmos em políticos preocupados em garantir apenas os lucros dos banqueiros, dos empresários e dos latifundiários, mais excluídos vocês estarão, e consequentemente mais vulneráveis a sofrer com a violência da polícia ou, como em muitos casos, muitos acabam apropriando-se da violência para conseguir seus sustentos, como consequência, ficaram amontoados nos presídios ou foram transformados num daqueles CPFs citados em programas que utilizam notícias sensacionalistas para garantir míseros pontos de audiência! 

(Aluno) - Tipo aquele “Cidade Alerta”, né professor? 

(Professor) - Sim! Com isso, cito as imagens do Cartunista das Cavernas para ilustrar que nós, não podemos votar em políticos que estão destruindo a Política, a Economia, a Saúde e a Educação do país, pois eles nos colocam num círculo vicioso! 


(Aluno) - Bagulho doido, né professor? 

(Professor) - Sim, e enquanto nós somos submetidos a esse sistema que nos obriga a aceitar a exploração  do patrão, ou somos obrigados a promover a violência em busca da sobrevivência, os políticos que protegem os lucros dos ricos e que, chegam ao poder através dos nossos votos, permanecem impunes em relação aos seus crimes e estarão sempre acima da lei! 




(Aluno) - Aí é f@🤬🤬! 

(Aluno) - E como a gente muda esse bagulho aí, professor? 

(Professor) - Escolhendo políticos que participam dos debates, que falem sobre projetos educacionais, econômicos e sociais voltados para os anseios do povo, votando de forma séria e não como torcedores de times de futebol, tendo consciência de classe, reconhecendo o meio em que vivem e o quanto é preciso melhorar a infraestrutura e a segurança dos nossos bairros, exigindo as mesmas melhorias e segurança existentes nos bairros nobres! 

(Aluno) - Aí é difícil, professor? 

(Professor) - Extremamente difícil, mas se desistirmos, nós seremos eternos reféns de um Sistema educacional, político, econômico e social excludente! 

(Professor) - Logo, estaremos sempre vivendo naquele círculo vicioso! Ou seja, uns aceitam ser explorados em troca de salários miseráveis e outros promovem a violência com a justificativa de estarem buscando a sobrevivência, e os políticos ligados aos grupos financistas, continuarão impunes e cada vez mais ricos! 


Fonte: 


FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. 


SCHWARCZ MORITZ, Lília. Sobre o Autoritarismo Brasileiro. 


História de um Zé - blogger 


Instagram: @historia_de_um_ze


Imagens: 


Fotografia - Rafael Oliveira 


Instagram: @rafaoliveira.rj 


Cartunista das Cavernas 


Instagram: @cartunista_das_cavernas