sábado, 26 de novembro de 2016

Cuba antes de Fidel Castro!!!

O século XIX(19) foi marcado pela "Corrida Imperialista" que consistia na busca desenfreada por cada palmo de terra em várias partes do planeta, com o objetivo de conquistar e explorar novos mercados consumidores de produtos excedentes e fornecedores de matéria prima e mão de obra barata,  a fim de garantir vultuosos lucros aos capitalistas promovendo assim a partilha da África, Ásia e Oceania por parte dos países europeus. Por conseguinte, os EUA visando alcançar a hegemonia política e econômica em relação à América Latina estabeleceu a Doutrina Monroe - conhecida pela frase América para os americanos, pregava, entre outros pontos, a proibição de criar novas colônias na América; a não intromissão dos países europeus nas decisões dos americanos e o não envolvimento dos EUA em conflitos relacionados aos países europeus - e instituiu no início do século XX(20) o Big Stick - "Fale com suavidade e tenha na mão um grande porrete” expondo que, para proteger os Estados Unidos, agiria com diplomacia, mas não hesitaria em utilizar sua autoridade, caso fosse necessária, e ainda complementava, proibindo ações na América Latina que não partissem dos Estados Unidos.

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Um exemplo emblemático  da Doutrina Monroe e do Big Stick norte americano no século XIX(19) foi o envio de tropas para livrar Cuba dos domínios espanhóis em 1898. Com isso, para ratificar e perpetuar o intervencionismo dos EUA sobre a América Latina, ou melhor em Cuba, foi assinada em 1901 a Emenda Platt à Constituição Cubana que, em troca da ajuda oferecida ao povo cubano os norte-americanos teriam o direito de intervir no governo de Cuba sempre que considerassem seus interesses ameaçados e ainda, instalariam bases militares na ilha. Com isso, após constantes conflitos políticos entre as classes dominantes cubanas na primeira década de 1900 que sempre contava com a intervenção dos Marines(corpo de fuzileiros navais dos EUA), Geraldo Machado ascendeu ao poder em 1924 transformando a política do seu governo em um conluio de gangsteres, onde sua eleição foi patrocinada pela companhia de eletricidade de propriedade norte-americana. 

A população liderada por uma oposição de estudantes da Universidade de havana organizaram uma greve geral que obrigou o presidente Geraldo Machado deixar Cuba em 1933, substituído por um governo provisório formado por trabalhadores e soldados, que decretou o fim da "Emenda Platt", o direito ao voto para mulher, a jornada de trabalho de 8 horas, o salário mínimo e o direito dos camponeses à terra que cultivavam. Nacionalizou-se a Companhia Elétrica Americana. Em 15 de janeiro de 1934, Fulgêncio Batista, sargento do exército cubano, que tinha participado da "rebelião" contra o corrupto governo de Machado, depôs o governo provisório com o apoio dos EUA extinguiu todos os direitos concedidos pelo governo revolucionário e permaneceu no controle político de Cuba até 1959. Isto fez o movimento revolucionário de estudantes e trabalhadores ficar conhecido como "a revolução frustrada". Assim, a política cubana caracterizava-se pela violência, corrupção, nepotismo e pela continuidade do gangsterismo apoiada por empresários norte-americanos. A população passava fome, nas cidades, morava em cortiços; nas zonas rurais, habitava cabanas de palha. Apenas 28% do povo contava com banheiro dentro de casa, as doenças e altas taxas de mortalidade infantil atentavam contra a vida dos cubanos. O analfabetismo e o emprego temporário prevaleciam nas áreas rurais.

A economia cubana se caracterizava pela monocultura da cana-de-açúcar, grande parte dos latifúndios estavam em mãos americanas e o comércio era quase que exclusivo com os Estados Unidos. Com a evolução da fabricação do açúcar, as centrales (usinas) caíram sob o controle norte-americano. Os camponeses perderam suas terras para os latifúndiários, que depois foram alugadas a colonos (imigrantes norte-americanos) que forneciam canas para as centrales. Os salário dos trabalhadores foram reduzidos e o tempo de desemprego entre as colheitas (tempo morto) estendeu-se por quase nove meses, a miséria era grande: as famílias moravam em cavernas e se alimentavam de raízes. O domínio do capital estrangeiro só aumentava, e dominava o transporte, energia, bancos e serviços públicos. Ao mesmo tempo, os investimentos norte-americanos em turismo e cassinos faziam de Havana a Monte Carlo do Caribe, com aumento do jogo, da prostituição e do crime.

Nos anos de 1940-50, novos investimentos foram feitos em Cuba na mineração e no turismo. Aumentava a dependência dos EUA, e com controle econômico vinha a dependência cultural. A distribuição da renda se tornou ainda mais desigual, com alto nível de desemprego e miséria pelo trabalho sazonal, que empurrava os migrantes rurais para as vilas miseráveis em torno das cidades. Por conseguinte, os protestos realizados pela oposição encontrava prisão, tortura e mortes. Após o fechamento político, devido ao golpe de Batista e o caos econômico e social que assolava a população cubana, em 26 de julho de 1953, o advogado e candidato político Fidel Castro, derrotado pelo golpe liderado pelos Estados Unidos, seu irmão Raul, o jovem pedreiro Juan Almeida, a bacharel Melba Hernandez, o estudante de economia Abel Santamaría, e sua irmã Haydée e 125 outros atacaram o quartel de Moncada em Santiago de Cuba, para controlá-lo e conseguir armas. Mas foram derrotados, e quase 70 revolucionários foram presos, torturados e assassinados. O movimento revolucionário noticiou no panfleto "A História me Absolverá", em defesa de Fidel. Após ser libertado em 1955, exilou-se no México.

Logo, através de pesquisas feitas em várias obras historiográficas com objetivo de expor as informações supracitadas sobre a péssimas condições de vida, em que a população cubana vivia devido ao intervencionismo militar, político, econômico, social e cultural dos EUA que foi e continua sendo omitida por nossas mídias e redes sociais, talvez por medo do Big Stick. Foi possível compreender que desde 1898, negros, afrodescendentes, indígenas, camponeses e pobres cubanos só puderam usufruir da medicina preventiva, da redução drástica de mortes por tuberculose, malária e tifo, da erradicação da poliomielite, da construção de hospitais-escola, de hospitais especializados, de Institutos Médicos providos de equipes de saúde com sólida formação científica e exemplo de medicina para centenas de países no mundo, de clínicas rurais e da brigada de alfabetização por todo o país, de moradias, de saneamento básico e da distribuição de terras para cultivar após dois anos de luta contra o governo golpista de Batista, em primeiro de janeiro de 1959. Ou seja, o dia que os "barbudos - Fidel Castro, Ernesto (Che) Guevara e Camilo Cienfuegos chegaram ao poder político de Cuba. 

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CASTRO, Fidel. A História me absolverá.

____________. Cuba e o Socialismo.

FERNANDES, FLORESTAN. Da guerrilha ao socialismo. A Revolução Cubana.

GUEVARA, Ernesto. A guerra de guerrilhas.

MILLS, C. Wrigth. A verdade sobre Cuba.

SADER, Eder. A revolução cubana.

SARTRE. Jean Paul. Furacão sobre Cuba.

BUENO, Eduardo. As Veias abertas da América Latina.
Filmes:

Diários de Motocicleta

Che

Che 2 - A guerrilha



sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O trabalho e o ato de mover-se! (A escravidão nas urbes brasileiras no século XIX)

O trabalho era o traço marcante do escravo nas cidades, por conseguinte era o próprio trabalho que talvez lhe garantisse mais liberdade, devido ao movimento que as ocupações urbanas necessitavam; e segundo o historiador Roberto Guedes Ferreira esta mobilidade não passou despercebido aos olhos de Maria Graham, e o Johann Moritz Rugendas quando estiveram no Brasil, na década de 1820. A primeira ao se deparar com o número de negros livres e escravos na cidade, não enxergou aos olhos nus a "condição servil", a não ser quando aquela passou pelo mercado de cativos, na Rua do Valongo. Já o último destacou que os escravos "gozavam em geral de muita liberdade", pois tinham "o dia inteiro disponível para tratar dos seus negócios".

A maioria das vezes os pequenos escravistas urbanos não perdiam o domínio sobre seus cativos, mas a política de dominação(senhor-escravo), acabava gerando um distanciamento físico em relação a eles. Com isso para executar as múltiplas tarefas - carregadores, vendedores ambulantes, remadores, barqueiros etc. - existentes nas cidades era preciso ter mobilidade. Aludindo a mobilidade dos escravos que foram presos, devido ao levante dos malês na Bahia de 1835, segundo o historiador João José Reis, muitos cativos viviam fora da companhia dos senhores, fazendo o pagamento semanal, como o caso do remador de saveiro Narciso, que morava há muitos anos no Cais Dourado, onde ganhava "o que paga a semana a seu senhor". Assim como o Antônio, que residia em Itaparica há muitos anos. Onde seu curador defendeu a autonomia do escravo como importante para a economia do senhor: "O Réu vive apenas de seu trabalho de ganho, e para obter trabalho permitiu-lhe residir nesta cidade, onde com mais facilidade conseguia o que era útil e proveitoso ao mesmo". Com isso, a atividade ao ganho rendia muito mais lucro aos senhores do Recôncavo Baiano, quando os mesmos enviavam seus escravos para trabalhar em Salvador. Reportando-se à escravidão no Recife na primeira metade do século XIX, Roberto Guedes Ferreira cita, Maria Graham afirmarmou que os pequenos escravistas poderiam não ter controle sobre a execução do trabalho dos cativos: "Muitos, de todas as cores, quando conseguem comprar um negro, descansam, dispensando-se dos demais cuidados. Fazem com que os negros trabalhem ou esmolem para eles, assim, desde que possam comer seu pão tranquilamente, pouco se importam em saber como o dinheiro foi obtido". Por conseguinte, muitas pessoas nos bairros da cidade do Rio de Janeiro, tanta brancas quanto negras, possuíam um único escravo que, pela manhã saía em busca de trabalho e a noite retornava, devido as atividades econômicas essenciais para a manutenção das cidades, como o comércio, o transporte, a indústria, entre várias outras que exigiam um deslocamento constante dos escravos, como carregadores, carpinteiros, pedreiros, sapateiros, alfaiates, carreiros, carroceiros, pescadores, barqueiros, caçadores, tigres etc. As ocupações abordadas até aqui foram exercidas, em grande parte por homens, exceto o comércio de vendedores ambulantes, em que ambos os sexos trabalhavam. Ou seja, mulheres e homens. Aludindo a Praça do Comércio, cozinheiras vendedoras, preparavam as apetitosas carnes secas debaixo de sujas barracas de lonas, onde aglomeravam muitos escravos para degustar. Até as escrava domésticas saíam às ruas antes ou depois de executarem suas tarefas de porta adentro dos lares, porque em determinadas ocasiões às negras se ocupavam até as dez horas da manhã com a venda de pão de ló, e em seguida retornavam para casa do senhor, preparando assim a refeição principal do dia, e depois voltavam às ruas a partir das duas horas da tarde, para assim retroceder as dezoito horas. (imagens: escravidão urbana)

A questão do governo dos escravos nas cidades assumiu particularidades entre elas, no Rio de Janeiro, durante a primeira metade do século XIX, a necessidade do movimento constante para realização das tarefas propiciava uma mobilidade mais ampla aos cativos urbanos, independente do tamanho da escravaria em que fizesse parte, porém muitos escravos moravam com seus senhores. Em Salvador, devido à greve que os escravos participaram em 1857, o historiador João José Reis e Roberto Guedes Ferreira, analisaram que "disciplinar o trabalhador africano, sobre tudo na cidade, era uma tarefa ingrata", porque para fornecer algum tipo de rendimento aos senhores, os escravos precisavam de liberdade e de mobilidade para realizar suas atividades. Já, o historiador Marcus Carvalho reportando-se a escravidão no Recife na primeira metade do século XIX, "a luta pelo direito do próprio trabalho passava assim pela conquista de um outro direito: o de ir e vir (...) os canoeiros do Recife tinham mais autonomia que muita gente livre". Mesmo com todo impedimento a liberdade, o comércio e o setor de serviços urbanos empregavam um número alto de escravos em atividades que exigiam a mobilidade do trabalho. Com isso, a grande tarefa de definir os espaços de autonomia dos cativos gerou vários embates, se por um lado o trabalho escravo era crucial para o senhor adquirir rendas, por outro, os cativos enxergavam na labuta uma forma de obter maiores espaços de liberdade e de socialização, mas embora desfrutassem de movimento e liberdade, a vigilância sobre os escravos não era exclusividade senhorial na cidades brasileiras, mas também da Polícia da Corte, porém os cativos usavam de vários expedientes para ampliar seus espaços de autonomia, inclusive o de recorrer a própria Polícia para conter os maus tratos e as crueldades dos seus senhores.

"Eu sou guerreiro, sou trabalhador(...)
(...) Espero estar bem longe 
Quando o rodo passar "

O Rappa. Lado A - Lado B 

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GRAHAM, Maria. Diário de uma viagem ao Brasil.

RUGENDAS, Johann Moritz. Viagem pitoresca através do Brasil.

FLORENTINO, Manolo. Tráfico, Cativeiro e liberdade (Rio de Janeiro, séculos XVII-XIX).

REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835.

CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história do levante dos malês em 1835.

CARVALHO, Marcus. Liberdade: rotinas e rupturas do escravismo no Recife, 1822-1850.

KARASCH, Mary C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850)








quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Curiosidades após a vitória de Donald Trump!!!

Após elaborar o plano de aula sobre o Golpe civil-militar de 1964, que ocorreu no Brasil e expor no quadro branco os seguintes objetivos: analisar o Golpe de 64; conceituar a relação entre Guerrilheiros x Militares; contextualizar os anos de chumbo; comentar sobre o Festival de MPB(Música Popular Brasileira) entre outros. Surgiram inúmeras perguntas: professor por que tem um burro e um elefante como símbolo dos partidos políticos norte-americanos?; Qual é a diferença entre Democratas e Republicanos?; Professor por que nos comícios do Trump não tinha negros como nos da Hillary?; Professor a vitória de Trump vai prejudicar o Brasil em alguma coisa?; O senhor votaria em quem? e etc... Assim, após se deparar com os questionamentos supracitados, e obrigado a respondê-los devido ao ensurdecedor debate iniciado em sala de aula, em que o mesmo tornou os objetivos propostos sobre o Golpe civil-militar de 1964 coadjuvantes, foi citada possíveis respostas de acordo com a ordem das respectivas curiosidades levantadas pelos alunos.

Professor por que tem um burro e um elefante como símbolo dos partidos políticos norte-americanos?
Na campanha eleitoral da década de 1820 nos EUA, o candidato do partido político "Democrata" Andrew Jackson era constantemente ofendido pelos seus opositores como "Asno". Ou seja, a palavra jackass além de ter alguma semelhança com o sobrenome "Jackson" tem o significado de imbecil, idiota, burro. Porém, Andrew adotou o animal para sua campanha eleitoral e começou a ressaltar as qualidades do burro: obstinação, resistência, humildade e coragem. Assim, Andrew Jackson tornou-se presidente dos EUA entre 1829 e 1837. Mas o Partido Político Democrata norte-americano não assumiu até os dias atuais o "burro" como símbolo oficial. 


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A jogada política que a oposição americana adotou para denegrir a imagem do ex-presidente Andrew Jackson, pode ser entendida da mesma forma que os torcedores dos clubes de futebol brasileiros classificam seus rivais, por exemplo o "urubu" representa o Flamengo; o "porco", o Palmeiras; o "gamba", o Corinthians; o "galo", o Atlético Mineiro; entre outros. Por conseguinte, os torcedores dos times citados adotaram os respectivos animais como mascotes, como os fanáticos torcedores do Clube de futebol Boca Juniors, da Argentina em que, os mesmos se chamam de bosteros, ou seja, de bosta. Entretanto, o Partido Político Republicano adotou o elefante como símbolo oficial. O animal surgiu nos anos de 1870, criado pelo Cartunista Thomas Nast, em que o mesmo, desenhou várias vezes o "burro" para representar o Partido Democrata. Sobre a escolha do paquiderme como símbolo dos Republicanos é incerta, mas para Nast, o elefante representava a força e a grandiosidade do partido, porém descuidado e atrapalhado diante de uma situação de pânico.


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Qual é a diferença entre Democratas e Republicanos?
O Partido Político Republicano, conhecido também pela sigla GOP que significa Grand Old Party(Grande Partido Antigo) oriundo do Partido Federalista importante nos anos posteriores a independência(4 de julho de 1776) dos EUA é mais próximo dos meios financeiros e de negócios, profissionais liberais, empreendedores, banqueiros, latifundiários e também das correntes religiosas protestantes maioritárias no país; são contrários ao casamento gay, eutanásia, liberação das drogas e programas sociais, partido do candidato recém eleito presidente Donald Trump. Já o Partido Democrata derivou do Partido Republicano Jeffersoniano, que foi estruturado no fim do século XVIII. Nos dias atuais, o Partido Democrata costuma ser tradicionalmente apoiado pelos trabalhadores, sindicados, assalariados, pela maioria das profissões intelectuais (professores, jornalistas, artistas) e por algumas minorias étnicas (afro-americanos, hispânicos) e religiosas (católicos, judeus), partido do Presidente Barack Obama.

Professor por que nos comícios de Trump não tinha negros como nos da Hillary?
Acredita-se que a ausência de afro-descendentes nos comícios de Trump tenha ocorrido pelas características supracitadas do partido político em que o mesmo concorreu a Presidência dos EUA, o Partido Republicano, e por inúmeras vezes o candidato recém eleito adotar discursos anti-imigrantes(principalmente muçulmanos), desvaloriza o movimento Black Life Matters ("Vidas negras importam") contra o abuso policial, machista(mulheres devem ser julgadas pela aparência), adepto a torturas, desinteresse na manutenção de acordos e tratados comerciais e ambientais, interesse em implantar um isolacionismo político e econômico, construção de um muro entre EUA e México(os mexicanos devem pagar o custo da construção), valorização de mão-de-obra branca desqualificada e de instrução limitada. Ou seja, Trump adotou um discurso radical, se tudo isso foi marketing de campanha política apenas o tempo dirá!!! Logo, as minorias étnicas(afro-americanos, hispânicos), intelectuais, personalidades do esporte e da música sentiram-se inclinados a comparecer aos comícios da candidata Hillary Clinton do Partido Democrata. 

Professor a vitória de Trump vai prejudicar o Brasil em alguma coisa?

O Brasil e os EUA além de serem parceiros comerciais, são aliados desde a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Getúlio Vargas era um habilidoso político, mesmo demonstrando ser a favor ao "regime nazista", ele preservava as relações políticas com o governo norte-americano. Dada a eclosão da guerra, o posicionamento neutro de Vargas logo se tornou insustentável. Assim, após receber um empréstimo de 20 milhões de dólares dos EUA e ter navios brasileiros afundados pelos alemães, o Brasil aderiu ao bloco dos países aliados, o mesmo que os norte-americanos faziam parte. Recentemente, os militares brasileiros junto com boa parte da classe média, na década de 1970, contou com a ajuda dos EUA na Operação Condor, formalizada em reunião secreta realizada em Santiago do Chile no final de outubro de 1975, é o nome que foi dado à aliança entre as ditaduras instaladas nos países do Cone Sul na década de 1970 — Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai — para a realização de atividades coordenadas, de forma clandestina e à margem da lei, com o objetivo de vigiar, sequestrar, torturar, assassinar e fazer desaparecer militantes políticos que faziam oposição, armada ou não, aos regimes militares da região. Com isso, baseando-se nesse espetacular histórico de amizade e alianças entre EUA e Brasil, acredita-se que continuaremos sofrendo influência social, política e econômica como sempre ocorreu desde a Guerra Fria(1945-1991) até os dias atuais.

O senhor votaria em quem?

Eu, votaria na Hillary!!!

Por que professor?

Não posso responder essa pergunta, porque segundo Projeto de Lei 193/2016 "Programa Escola sem Partido" apresentado pelo Senador Magno Malta ao Senado, com o objetivo de inclui-la na Lei 9.394/1996, conhecida vulgarmente por LDB(Lei de Diretrizes e Bases). Em que, o Art. 5º, inciso I do Projeto de Lei supracitado que trata sobre a participação dos professores em sala de aula, destaca o seguinte meus alunos:

Art. 5º  No exercício de suas funções, o professor:

I - não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias;

Com isso, após seguir a cartilha da "Escola sem Partido" e fazer a experiência de como seria uma aula sobre política na prática, fui homenageado com várias expressões interessantes, como: coé professor, fala aí!!!;  Ahhh o Senhor vai respeitar essa parada de Escola sem Partido??? Nada haver professor, fala sério!!! Pô, custa nada professor!!! Ahhh cheio de vacilação!!!





Fonte:


KARNAL, Leandro; FERNANDES, Luis Estevam; MORAIS, Marcus Vinicius de; PURDY, Sean. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI(21).

BUENO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina.

TULCHIN, Joseph S. América Latina X Estados Unidos: uma relação turbulenta.

FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil.

FAUSTO, Boris. Getúlio Vargas: o poder e sorriso

Projeto de Lei 193/2016 "Programa Escola sem Partido" apresentado pelo Senador Magno Malta


http: www.cnv.gov.br (site - Comissão Nacional da Verdade)

Filmografia: Batismo de Sangue, Cabra Cega, Hércules 56


Iconografia: Thomas Nast.