O século XIX(19) foi marcado pela "Corrida Imperialista" que consistia na busca desenfreada por cada palmo de terra em várias partes do planeta, com o objetivo de conquistar e explorar novos mercados consumidores de produtos excedentes e fornecedores de matéria prima e mão de obra barata, a fim de garantir vultuosos lucros aos capitalistas promovendo assim a partilha da África, Ásia e Oceania por parte dos países europeus. Por conseguinte, os EUA visando alcançar a hegemonia política e econômica em relação à América Latina estabeleceu a Doutrina Monroe - conhecida pela frase América para os americanos, pregava, entre outros pontos, a proibição de criar novas colônias na América; a não intromissão dos países europeus nas decisões dos americanos e o não envolvimento dos EUA em conflitos relacionados aos países europeus - e instituiu no início do século XX(20) o Big Stick - "Fale com suavidade e tenha na mão um grande porrete” expondo que, para proteger os Estados Unidos, agiria com diplomacia, mas não hesitaria em utilizar sua autoridade, caso fosse necessária, e ainda complementava, proibindo ações na América Latina que não partissem dos Estados Unidos.
Um exemplo emblemático da Doutrina Monroe e do Big Stick norte americano no século XIX(19) foi o envio de tropas para livrar Cuba dos domínios espanhóis em 1898. Com isso, para ratificar e perpetuar o intervencionismo dos EUA sobre a América Latina, ou melhor em Cuba, foi assinada em 1901 a Emenda Platt à Constituição Cubana que, em troca da ajuda oferecida ao povo cubano os norte-americanos teriam o direito de intervir no governo de Cuba sempre que considerassem seus interesses ameaçados e ainda, instalariam bases militares na ilha. Com isso, após constantes conflitos políticos entre as classes dominantes cubanas na primeira década de 1900 que sempre contava com a intervenção dos Marines(corpo de fuzileiros navais dos EUA), Geraldo Machado ascendeu ao poder em 1924 transformando a política do seu governo em um conluio de gangsteres, onde sua eleição foi patrocinada pela companhia de eletricidade de propriedade norte-americana.
A população liderada por uma oposição de estudantes da Universidade de havana organizaram uma greve geral que obrigou o presidente Geraldo Machado deixar Cuba em 1933, substituído por um governo provisório formado por trabalhadores e soldados, que decretou o fim da "Emenda Platt", o direito ao voto para mulher, a jornada de trabalho de 8 horas, o salário mínimo e o direito dos camponeses à terra que cultivavam. Nacionalizou-se a Companhia Elétrica Americana. Em 15 de janeiro de 1934, Fulgêncio Batista, sargento do exército cubano, que tinha participado da "rebelião" contra o corrupto governo de Machado, depôs o governo provisório com o apoio dos EUA extinguiu todos os direitos concedidos pelo governo revolucionário e permaneceu no controle político de Cuba até 1959. Isto fez o movimento revolucionário de estudantes e trabalhadores ficar conhecido como "a revolução frustrada". Assim, a política cubana caracterizava-se pela violência, corrupção, nepotismo e pela continuidade do gangsterismo apoiada por empresários norte-americanos. A população passava fome, nas cidades, morava em cortiços; nas zonas rurais, habitava cabanas de palha. Apenas 28% do povo contava com banheiro dentro de casa, as doenças e altas taxas de mortalidade infantil atentavam contra a vida dos cubanos. O analfabetismo e o emprego temporário prevaleciam nas áreas rurais.
A economia cubana se caracterizava pela monocultura da cana-de-açúcar, grande parte dos latifúndios estavam em mãos americanas e o comércio era quase que exclusivo com os Estados Unidos. Com a evolução da fabricação do açúcar, as centrales (usinas) caíram sob o controle norte-americano. Os camponeses perderam suas terras para os latifúndiários, que depois foram alugadas a colonos (imigrantes norte-americanos) que forneciam canas para as centrales. Os salário dos trabalhadores foram reduzidos e o tempo de desemprego entre as colheitas (tempo morto) estendeu-se por quase nove meses, a miséria era grande: as famílias moravam em cavernas e se alimentavam de raízes. O domínio do capital estrangeiro só aumentava, e dominava o transporte, energia, bancos e serviços públicos. Ao mesmo tempo, os investimentos norte-americanos em turismo e cassinos faziam de Havana a Monte Carlo do Caribe, com aumento do jogo, da prostituição e do crime.
Nos anos de 1940-50, novos investimentos foram feitos em Cuba na mineração e no turismo. Aumentava a dependência dos EUA, e com controle econômico vinha a dependência cultural. A distribuição da renda se tornou ainda mais desigual, com alto nível de desemprego e miséria pelo trabalho sazonal, que empurrava os migrantes rurais para as vilas miseráveis em torno das cidades. Por conseguinte, os protestos realizados pela oposição encontrava prisão, tortura e mortes. Após o fechamento político, devido ao golpe de Batista e o caos econômico e social que assolava a população cubana, em 26 de julho de 1953, o advogado e candidato político Fidel Castro, derrotado pelo golpe liderado pelos Estados Unidos, seu irmão Raul, o jovem pedreiro Juan Almeida, a bacharel Melba Hernandez, o estudante de economia Abel Santamaría, e sua irmã Haydée e 125 outros atacaram o quartel de Moncada em Santiago de Cuba, para controlá-lo e conseguir armas. Mas foram derrotados, e quase 70 revolucionários foram presos, torturados e assassinados. O movimento revolucionário noticiou no panfleto "A História me Absolverá", em defesa de Fidel. Após ser libertado em 1955, exilou-se no México.
Logo, através de pesquisas feitas em várias obras historiográficas com objetivo de expor as informações supracitadas sobre a péssimas condições de vida, em que a população cubana vivia devido ao intervencionismo militar, político, econômico, social e cultural dos EUA que foi e continua sendo omitida por nossas mídias e redes sociais, talvez por medo do Big Stick. Foi possível compreender que desde 1898, negros, afrodescendentes, indígenas, camponeses e pobres cubanos só puderam usufruir da medicina preventiva, da redução drástica de mortes por tuberculose, malária e tifo, da erradicação da poliomielite, da construção de hospitais-escola, de hospitais especializados, de Institutos Médicos providos de equipes de saúde com sólida formação científica e exemplo de medicina para centenas de países no mundo, de clínicas rurais e da brigada de alfabetização por todo o país, de moradias, de saneamento básico e da distribuição de terras para cultivar após dois anos de luta contra o governo golpista de Batista, em primeiro de janeiro de 1959. Ou seja, o dia que os "barbudos - Fidel Castro, Ernesto (Che) Guevara e Camilo Cienfuegos chegaram ao poder político de Cuba.
Um exemplo emblemático da Doutrina Monroe e do Big Stick norte americano no século XIX(19) foi o envio de tropas para livrar Cuba dos domínios espanhóis em 1898. Com isso, para ratificar e perpetuar o intervencionismo dos EUA sobre a América Latina, ou melhor em Cuba, foi assinada em 1901 a Emenda Platt à Constituição Cubana que, em troca da ajuda oferecida ao povo cubano os norte-americanos teriam o direito de intervir no governo de Cuba sempre que considerassem seus interesses ameaçados e ainda, instalariam bases militares na ilha. Com isso, após constantes conflitos políticos entre as classes dominantes cubanas na primeira década de 1900 que sempre contava com a intervenção dos Marines(corpo de fuzileiros navais dos EUA), Geraldo Machado ascendeu ao poder em 1924 transformando a política do seu governo em um conluio de gangsteres, onde sua eleição foi patrocinada pela companhia de eletricidade de propriedade norte-americana.
A população liderada por uma oposição de estudantes da Universidade de havana organizaram uma greve geral que obrigou o presidente Geraldo Machado deixar Cuba em 1933, substituído por um governo provisório formado por trabalhadores e soldados, que decretou o fim da "Emenda Platt", o direito ao voto para mulher, a jornada de trabalho de 8 horas, o salário mínimo e o direito dos camponeses à terra que cultivavam. Nacionalizou-se a Companhia Elétrica Americana. Em 15 de janeiro de 1934, Fulgêncio Batista, sargento do exército cubano, que tinha participado da "rebelião" contra o corrupto governo de Machado, depôs o governo provisório com o apoio dos EUA extinguiu todos os direitos concedidos pelo governo revolucionário e permaneceu no controle político de Cuba até 1959. Isto fez o movimento revolucionário de estudantes e trabalhadores ficar conhecido como "a revolução frustrada". Assim, a política cubana caracterizava-se pela violência, corrupção, nepotismo e pela continuidade do gangsterismo apoiada por empresários norte-americanos. A população passava fome, nas cidades, morava em cortiços; nas zonas rurais, habitava cabanas de palha. Apenas 28% do povo contava com banheiro dentro de casa, as doenças e altas taxas de mortalidade infantil atentavam contra a vida dos cubanos. O analfabetismo e o emprego temporário prevaleciam nas áreas rurais.
A economia cubana se caracterizava pela monocultura da cana-de-açúcar, grande parte dos latifúndios estavam em mãos americanas e o comércio era quase que exclusivo com os Estados Unidos. Com a evolução da fabricação do açúcar, as centrales (usinas) caíram sob o controle norte-americano. Os camponeses perderam suas terras para os latifúndiários, que depois foram alugadas a colonos (imigrantes norte-americanos) que forneciam canas para as centrales. Os salário dos trabalhadores foram reduzidos e o tempo de desemprego entre as colheitas (tempo morto) estendeu-se por quase nove meses, a miséria era grande: as famílias moravam em cavernas e se alimentavam de raízes. O domínio do capital estrangeiro só aumentava, e dominava o transporte, energia, bancos e serviços públicos. Ao mesmo tempo, os investimentos norte-americanos em turismo e cassinos faziam de Havana a Monte Carlo do Caribe, com aumento do jogo, da prostituição e do crime.
Nos anos de 1940-50, novos investimentos foram feitos em Cuba na mineração e no turismo. Aumentava a dependência dos EUA, e com controle econômico vinha a dependência cultural. A distribuição da renda se tornou ainda mais desigual, com alto nível de desemprego e miséria pelo trabalho sazonal, que empurrava os migrantes rurais para as vilas miseráveis em torno das cidades. Por conseguinte, os protestos realizados pela oposição encontrava prisão, tortura e mortes. Após o fechamento político, devido ao golpe de Batista e o caos econômico e social que assolava a população cubana, em 26 de julho de 1953, o advogado e candidato político Fidel Castro, derrotado pelo golpe liderado pelos Estados Unidos, seu irmão Raul, o jovem pedreiro Juan Almeida, a bacharel Melba Hernandez, o estudante de economia Abel Santamaría, e sua irmã Haydée e 125 outros atacaram o quartel de Moncada em Santiago de Cuba, para controlá-lo e conseguir armas. Mas foram derrotados, e quase 70 revolucionários foram presos, torturados e assassinados. O movimento revolucionário noticiou no panfleto "A História me Absolverá", em defesa de Fidel. Após ser libertado em 1955, exilou-se no México.
Logo, através de pesquisas feitas em várias obras historiográficas com objetivo de expor as informações supracitadas sobre a péssimas condições de vida, em que a população cubana vivia devido ao intervencionismo militar, político, econômico, social e cultural dos EUA que foi e continua sendo omitida por nossas mídias e redes sociais, talvez por medo do Big Stick. Foi possível compreender que desde 1898, negros, afrodescendentes, indígenas, camponeses e pobres cubanos só puderam usufruir da medicina preventiva, da redução drástica de mortes por tuberculose, malária e tifo, da erradicação da poliomielite, da construção de hospitais-escola, de hospitais especializados, de Institutos Médicos providos de equipes de saúde com sólida formação científica e exemplo de medicina para centenas de países no mundo, de clínicas rurais e da brigada de alfabetização por todo o país, de moradias, de saneamento básico e da distribuição de terras para cultivar após dois anos de luta contra o governo golpista de Batista, em primeiro de janeiro de 1959. Ou seja, o dia que os "barbudos - Fidel Castro, Ernesto (Che) Guevara e Camilo Cienfuegos chegaram ao poder político de Cuba.
CASTRO, Fidel. A História me absolverá.
____________. Cuba e o Socialismo.
FERNANDES, FLORESTAN. Da guerrilha ao socialismo. A Revolução Cubana.
GUEVARA, Ernesto. A guerra de guerrilhas.
MILLS, C. Wrigth. A verdade sobre Cuba.
SADER, Eder. A revolução cubana.
SARTRE. Jean Paul. Furacão sobre Cuba.
BUENO, Eduardo. As Veias abertas da América Latina.
Filmes:
Diários de Motocicleta
Che
Che 2 - A guerrilha
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FERNANDES, FLORESTAN. Da guerrilha ao socialismo. A Revolução Cubana.
GUEVARA, Ernesto. A guerra de guerrilhas.
MILLS, C. Wrigth. A verdade sobre Cuba.
SADER, Eder. A revolução cubana.
SARTRE. Jean Paul. Furacão sobre Cuba.
BUENO, Eduardo. As Veias abertas da América Latina.
Filmes:
Diários de Motocicleta
Che
Che 2 - A guerrilha
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