A mídia brasileira encarnou novamente o personagem da "parcialidade" e mostrou de forma escancarada que, toda vez que os Barões estiverem combalidos, entrará em cena abruptamente para desviar a atenção dos (tele)espectadores sobre os dois lados da notícia que podem destruir a blindagem de Juízes, Procuradores, Ministros e Senadores e informar apenas aquilo de interesse próprio e assim proteger a continuidade do governo Temer, veiculando de forma parcial informações sobre a corrupção política como uma verdade absoluta para culpar apenas um partido ou (anti)herói da região Sul e Sudeste pelo sucateamento da Saúde, da Educação, da Segurança e pelo fim da dignidade dos trabalhadores brasileiros conquistada nesses 13 últimos anos. Já que, após a realização de um caravana pelo Nordeste, região marginalizada durante 500 anos em relação as políticas públicas do governo federal, fez o líder da caravana se tornar o protagonista e se fortalecer cada vez mais para uma possível candidatura nas eleições presidenciais em 2018.
A parcialidade escancarada da mídia nacional em desacreditar governos preocupados com as mazelas sociais que visaram atenuar os quinhentos anos de abandono dos Barões, não é um comportamento direcionado apenas para a política brasileira. Basta analisar a forma com que os veículos de comunicação noticiam a crise política instalada na Venezuela, em que o Presidente Nicolás Maduro foi declarado ditador por estabelecer uma constituinte que visava proteger os interesses políticos e econômicos do povo venezuelano contra uma oposição ligada intimamente ao capital estrangeiro que, deseja entregar a exploração de petróleo venezuelano para as empresas petrolíferas norte-americanas, e que sempre fora inimiga declarada do governo de Hugo Chávez.
Logo, por que a mídia brasileira não noticiou de forma massificada o caso sobre os duzentos milhões bolívares (U$12.500,00) encontrados no interior de uma caminhonete de luxo em Altamira - local dos principais protestos opositores de abril a julho de 2017, na Venezuela, deixando um saldo de mais de cem mortos - em nome de Lilian Tintori, esposa de Leolpoldo López, principal político de oposição ao governo Maduro? Tintori após fazer inúmeros comunicados nas suas redes sociais como "montaje que están orquestando - montagem que eles estão orquestrando", e sofrer insultos dos seus próprios seguidores, assumiu o caso e disse: "la camioneta és mia, el dinero para pasar con mi abuela - a caminhonete é minha, e o dinheiro era para gastar com a minha avó". A esposa de Leopoldo López, político anti-chavista, conhecida mundialmente por denunciar a violação dos direitos humanos por parte do atual governo venezuelano, se encontrava constantemente com Temer, Aécio, Senadores do PSDB e exigia a queda de Maduro, Dilma de toda Esquerda latino-americana. Como também realizou diversas viagens para se reunir com o presidente norte-americano Donald Trump e o Mauricio Macri presidente da Argentina, para idealizar um Golpe de Estado na Venezuela.
Com isso, devido a parcialidade das mídias brasileiras e de veículos de comunicação anti-chavista fica impossível ter a real noção de como está a crise política venezuelana, pois a imigração do povo da Venezuela em direção as fronteiras brasileiras não representa apenas o descontentamento político em relação ao presidente Nicolás Maduro como está sendo noticiado por jornalistas e políticos preocupados com as práticas imperialistas. Pode-se entender que a fuga de boa parte da população da venezuelana que vivia muito bem até a oposição anti-chavista instalar o "caos" por não conseguir se eleger democraticamente, possuía um número insignificante. Já que, não foi possível encontrar nenhum tipo de notícia ou documento, alarmando sobre a diáspora da população venezuelana em direção ao Brasil antes do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Mas a parcialidade e a invenção de notícias não é uma exclusividade da mídia brasileira, o Canal 1 da Colômbia, através da repórter Claudia Cano ofereceu dinheiro para um desertor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN), Edgard de Jesús Villanueva, mentir sobre a participação de militares do governo Maduro num cartel narcotráfico. Pois a oposição venezuelana insiste em dizer que a cooperação dos militares na logística de distribuição de alimentos, também é utilizada para transportar drogas pela Venezuela. Este fantasioso cartel é chamado de "Cartel del soles". Em um áudio gravado, Villanueva se dirige a Cano dizendo que: "faria as declarações por dinheiro". A repórter do Canal 1 pede para que ele diga que o Constituinte Diosdato Cabello faz parte do Cartel del soles. Em seguida Villanueva pergunta: "O que deseja que fale sobre Maduro?" Mais adiante cobra sobre o pagamento e Cano lhe responde: "Quando terminarmos lhe pagamos".
Mas a parcialidade e a invenção de notícias não é uma exclusividade da mídia brasileira, o Canal 1 da Colômbia, através da repórter Claudia Cano ofereceu dinheiro para um desertor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN), Edgard de Jesús Villanueva, mentir sobre a participação de militares do governo Maduro num cartel narcotráfico. Pois a oposição venezuelana insiste em dizer que a cooperação dos militares na logística de distribuição de alimentos, também é utilizada para transportar drogas pela Venezuela. Este fantasioso cartel é chamado de "Cartel del soles". Em um áudio gravado, Villanueva se dirige a Cano dizendo que: "faria as declarações por dinheiro". A repórter do Canal 1 pede para que ele diga que o Constituinte Diosdato Cabello faz parte do Cartel del soles. Em seguida Villanueva pergunta: "O que deseja que fale sobre Maduro?" Mais adiante cobra sobre o pagamento e Cano lhe responde: "Quando terminarmos lhe pagamos".
A operação Lava Jato, mostrou sua eficiência em prender empresários, tesoureiros e políticos corruptos através da mídia nacional e fez o juiz Sérgio Moro se tornar um super herói brasileiro. Porém, os veículos de comunicação esquecem de mostrar o lado seletivo de Moro. Conhecido por sua determinação em provar que Lula e a sua falecida esposa D. Marisa são donos de um triplex no Guarujá, provocou o achamento de um triplex ao lado daquele que segundo a mídia brasileira, Moro e toda massa de manobra dizem ser do ex-presidente petista. O super herói ignorou o desejo de investigação e esqueceu de forma proposital que, o imóvel está intimamente ligado ao escritório de advocacia dos irmãos Mossak Fonseca Panamenha e amigos da família Marinho (proprietários da Rede Globo). O pior desse esquecimento é não investigar os Mossak envolvidos no escândalo de lavagem de dinheiro conhecido como "Panamá Papers" detidos de forma preventiva no Panamá.
Por conseguinte, seguindo o processo seletivo de Moro, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, diz que o juiz Sergio Moro "merece presunção de inocência, como qualquer acusado, mas afirma que, se os critérios da chamada República de Curitiba fossem aplicados contra o magistrado, o resultado seria a condenação inapelável". Pergunta-se por que? Segundo o juiz, "não se deve dar valor à palavra de um acusado". Ou seja, por que o mesmo usa isto rigorosamente ao longo de toda a Operação da Lava Jato? Com isso, sobre a contradição de Moro sobre o tráfico de influência na Operação Lava Jato envolvendo o advogado e sócio de sua esposa, pode-se observar que, ele confirma que sua esposa participou de um escritório com seu amigo e padrinho de casamento Carlos Zucolotto Jr.. Este fato com certeza seria usado pelo juiz da 13ª vara (Sérgio Moro) como forte indício para uma prisão contra um investigado. Assim como o fato de sua esposa e sócia do escritório de Zucolotto Jr. ser também advogada da Odebrecht, isto seria usado como um forte indício de tráfico de influência na participação da Lava Jato. E mais, a foto apresentada expondo a amizade do juiz e do amigo Zucolotto Jr. também seria usada como prova. O pronunciamento do advogado, amigo pessoal, sócio da esposa e padrinho de casamento, que afirmou não ter aplicativo no seu celular seria motivo de busca e apreensão do aparelho. E para finalizar, a afirmação de que o pagamento deveria ser em espécie, não precisaria ter prova, pois o próprio juiz seletivo Sérgio Moro admitiu numa palestra, que a condenação pode ser feita sem sequer precisar do ato de ofício. Ou seja, o super herói brasileiro diz que, não precisaria de comprovação.
Abandonando o critério seletivo de se fazer justiça no Brasil, em que o magistrado Moro escolhe quem vai prender e não quem deveria ser preso. O grupo MBL, um dos principais articuladores do golpe, com campanhas contra a presidente Dilma desde 2015, que se dizia ser apartidário e que seduziu milhares de jovens, também deveria ganhar destaque nas capas de jornais e revistas, ou um espaço generoso no horário nobre da televisão para expor a sua ligação com os partidos políticos PSDB, DEM e PMDB. Pois em troca da luta sanguinária a favor do impeachment que salvaria o Brasil da corrupção, receberam nomeações em cargos comissionados em Porto Alegre, Goiânia, Caxias do Sul (RS) e São José dos Campos (SP).
Mas para entender o Movimento Brasil Livre, é preciso saber que o grupo está relacionado a empresa imperialista dos irmãos Koch (segundo a revista Forbes cada um possui a riqueza de 42,9 bilhões de dólares, que ultrapassam Bill Gates) que é responsável pelo faturamento de 15 bilhões de dólares anuais, ela esteve envolvida no roubo de 5 milhões de petróleo em uma reserva ambiental e foi multada em 30 milhões de dólares por conta de vazamento de óleo. Assim o MBL surge em 2015 em meio aquele falso cenário de crise econômica, em apoio a burguesia e a banqueiros exigindo do Governo Federal mais ataques contra os trabalhadores. Por conseguinte, o movimento que pregava a anticorrupção, atualmente se coloca lado a lado aos partidos mais corruptos para defender suas ideias imperialistas fazendo alianças com Paulo Skaf (PMDB) defensor da PL 4330 (visa defender o trabalho terceirizado). É com esse tipo de movimento e partidos burgueses que estão no poder, que tenhamos cada vez menos condições de negociar e interferir na relação patrão/empregado, diminuindo cada vez mais as perspectivas de aposentadoria.
(Charles e David Koch)
A visão maniqueísta (o Bem contra o Mal) imposta de forma proposital por empresários, banqueiros e partidos burgueses que contam com o apoio e com a parcialidade das mídias em todo o mundo, faz a população brasileira enxergar um "mito" como um político, acreditar no impeachment como um benefício, transformar a luta e a proteção de Nicolás Maduro numa Ditadura, analisar a seletiva Lava Jato do Sérgio Moro como justiça, deslumbrar as denúncias do procurador Rodrigo Janot como um ato heroico, entender a delação de Palocci como uma verdade absoluta. Não se pode esquecer que, assim como a Lua, tudo na vida possui dois lados. Mas para quem vive numa bolha e acha que o Brasil goza de autonomia política em relação ao FMI(Fundo Monetário Internacional), só enxergará o lado que reflete a luz do Sol, pois o outro lado permanecerá latente.
Fonte:
KARNAL, Leandro. Todos contra todos - o ódio nosso de cada dia.
VICENTINO, Claudio. Mundo Atual - da guerra fria a nova ordem internacional.
KARNAL, Leandro; FERNANDES, Luis Estevam; MORAIS, Marcus Vinicius de; PURDY, Sean. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI.
Periódicos:
El Nuevo País.
El Nacional.
El Siglo.
El Tiempo.
Site:
cartacapital.com.br
videos.telesurtv.net
correodelorinoco.gob.ve
g1.globo.com
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KARNAL, Leandro. Todos contra todos - o ódio nosso de cada dia.
VICENTINO, Claudio. Mundo Atual - da guerra fria a nova ordem internacional.
KARNAL, Leandro; FERNANDES, Luis Estevam; MORAIS, Marcus Vinicius de; PURDY, Sean. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI.
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O sangue do povo Latino americano em sua maioria trabalhadores nada siguinifica aos imperialistas norte americanos e seus cuplinces golpistas brasileiros, argentinos e venezuelanos!!!
ResponderExcluirA falta de comprometimento das mídias com a verdade, serve para manipular a população e assim, a mesma fica impossibilitada de entender em qual cenário está inserida, e ainda, não tem a perspicácia de perceber os interesses burgueses sobre os direitos dos trabalhadores.
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